Um estudar simulador mostra que a presença de um passageiro pode melhorar o foco dos motoristas na estrada e ajudá-los a decidir quando o controle manual é necessário em veículos autônomos, mas recuperar o controle ainda é uma tarefa difícil.
Descobriu-se que ter um passageiro no banco da frente do veículo ajuda a dar instruções e evita que os motoristas adormeçam nos veículos, mas também cria mais distrações para os motoristas durante os períodos de automação.
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As descobertas vêm de um estudo da Universidade de Nottingham sobre o comportamento de 17 motoristas, cada um acompanhado por um passageiro no banco da frente, que fizeram uma série de viagens em um simulador de direção programado para representar o chamado veículo automatizado de Nível 3.
Na hierarquia de automação de veículos, o Nível 3 é conhecido como automação condicional, onde em determinadas circunstâncias o veículo se dirigirá totalmente e permitirá que a pessoa ao volante execute outra tarefa, mas em alguns cenários devolverá o controle ao motorista.
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No teste, as pessoas passaram muito tempo conversando entre si e também utilizando suas tecnologias, predominantemente smartphones e relógios, muitas vezes mostrando conteúdo umas para as outras. Algumas duplas assistiam a filmes juntas e até jogavam xadrez online enquanto o carro andava.
Em mais de uma ocasião, a dupla ficou tão distraída em suas atividades que perdeu o desvio da rodovia.
Porém, também foi observado que os passageiros eram bons moderadores, incentivando os motoristas a permanecerem atentos ao que acontecia na rodovia, mesmo quando não estavam dirigindo, e impedindo-os de tirar uma soneca, por exemplo.
Quando entrevistados posteriormente, os passageiros estavam “totalmente conscientes da distração potencial que representavam para o motorista, reconhecendo que, em última análise, o motorista estava no controle do veículo”.
Retomar o controle do carro autônomo foi problemático
- Os investigadores também observaram que “o controlo do veículo durante os dez segundos imediatamente após retomar a condução manual foi geralmente fraco para todos os participantes”.
- Os motoristas foram vistos freando e acelerando de forma irregular, e oscilando em suas faixas logo após recuperarem o controle manual do veículo, apesar do apoio dos passageiros.
- A equipa de estudo acredita que, em alguns casos, as ações exageradas nos pedais e no volante podem ter sido o condutor a demonstrar ao passageiro que agora está verdadeiramente no controlo.
As conclusões deste relatório serão, sem dúvida, muito úteis para orientar futuros estudos sobre automação condicional e ajudar a tornar os veículos autónomos mais seguros para utilização nas estradas.
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