Corredores verdes ajudam a evitar tragédias (e existem no Brasil)

julho 4, 2024
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As enchentes no Rio Grande do Sul despertaram a consciência sobre a necessidade de prevenção dos fenômenos causados ​​pelas mudanças climáticas, que se tornarão mais frequentes e intensas a partir de agora. Um levantamento da Casa Civil e do Ministério das Cidades, por exemplo, revelou, no início deste ano, que mais de 1,9 mil municípios estão em zonas de risco para eventos climáticos extremos, expondo quase nove milhões de brasileiros a desastres.

Com o alerta, as cidades começam a repensar suas infraestruturas e estratégias rumo a projetos mais sustentáveis, como cidades-esponja e corredores verdes, capazes de mitigar os danos que estão por vir.

Curitiba é um exemplo de capital brasileira que funciona como cidade esponja (Imagem: Black Layer Creative/Shutterstock)

As alterações climáticas colocam as populações em risco

Ó Olhar digital já relatou anteriormente que as enchentes no Rio Grande do Sul aumentaram nos últimos anos e se tornarão cada vez mais frequentes. Eventos extremos também se tornarão mais comuns no futuro. A principal razão são as alterações climáticas.

Segundo a professora Adriana Sandre, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP), os riscos enfrentados pelas mudanças são diversos:

Podemos elencar vários riscos: o volume excessivo de chuvas em algumas regiões, como o Rio Grande do Sul; riscos ligados ao volume excessivo, como inundações, deslizamentos de terra, proliferação de doenças por água e umidade. Riscos ligados à nossa zona costeira, sujeita a ondas gigantes e possíveis avanços marítimos. Ondas de calor, como vimos na região Sudeste, que impactam diretamente a saúde e a hidratação das pessoas, e afetam a segurança alimentar local, pois prejudicam as plantações da região e secam mais rapidamente os reservatórios de água.

Adriana Sandre, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, em entrevista ao Jornal USP

corredor verde
Corredores verdes já são estratégia na América Latina, inclusive no Brasil (Imagem: XalD/Wikimedia Commons/CC BY-SA 4.0)

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Cidades esponjas e corredores verdes são estratégias de mitigação de riscos

Perante os riscos iminentes das alterações climáticas, já estão a surgir estratégias em todo o mundo para os mitigar.

Um exemplo são as cidades-esponja, que Olhar digital já detalhado neste relatório. São cidades com planejamento hídrico eficiente, com aumento de parques verdes e, consequentemente, de áreas naturais de drenagem e irrigação.

Há um caso brasileiro notável de cidade esponja: Curitiba (PR), que utiliza seus parques como reservatório de água de rios em risco de transbordar, evitando inundações na área urbana.

Outra estratégia são os corredores verdes. Como Sandre explicou a Jornal USPsão ruas arborizadas em trechos lineares que se conectam à cidade e ajudam a aumentar a biodiversidade, reduzir a temperatura do ar e mitigar ilhas de calor.

Os corredores verdes também auxiliam na captação de águas pluviais, evitando a formação de enchentes e deslizamentos de terra e melhorando a qualidade do ar local.

Um exemplo notável desta iniciativa está em Medellín (Colômbia). Lá, o plano envolveu o plantio de 120 mil plantas individuais e 12.500 árvores em ruas e parques. Em 2021, já existiam 2,5 milhões de plantas menores e 880 mil árvores espalhadas pela cidade, com redução significativa da temperatura e melhoria da qualidade do ar e da poluição sonora.

O professor também mencionou Maringá (PR), que segue a mesma tendência e tem tido resultados positivos.

O debate sobre mudanças climáticas no Brasil ainda não tem a devida importância

  • Sandre também chamou a atenção para o debate sobre as mudanças climáticas no Brasil, ao qual não é dada a devida importância;
  • Destaca um certo negacionismo, incluindo, por parte dos governantes, a negação das alterações climáticas mesmo face a tragédias;
  • Além do negacionismo, as estratégias de mitigação, como os já mencionados corredores verdes e cidades-esponja, ainda apresentam barreiras à aceitação e à implementação concreta;
  • O professor cita o exemplo da canalização de córregos em São Paulo (SP) com concreto, mesmo sabendo que o material impede a passagem de água na região.





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