Redação Forste Time
(NewsNation) – A plataforma proposta para 2024 pelo Partido Republicano muda completamente o partido para se alinhar com a plataforma e estilo do ex-presidente Donald Trump, em contraste com as plataformas utilizadas em 2016 e 2020.
Uma diferença notável é uma mudança de estilo, uma passagem de um olhar mais profundo sobre as posições e ações políticas para pedaços de texto do tamanho das redes sociais, muitas vezes apresentando grandes objetivos sem qualquer indicação de como podem ser alcançados na prática.
No verdadeiro estilo Trump, a plataforma 2024 também inclui letras maiúsculas aleatórias e uso liberal de pontos de exclamação numa plataforma que ecoa pontos de discussão que Trump levantou repetidamente durante comícios e outras aparições públicas.
Aborto e casamento entre pessoas do mesmo sexo
Uma grande mudança é o afastamento de uma posição forte sobre o aborto. Na plataforma 2016/2020, os republicanos apelaram a uma proibição nacional do aborto durante 20 semanas, enquanto a plataforma 2024 se concentra em devolver a questão aos estados, sem mencionar uma proibição federal.
Também não há referência específica ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, embora o documento exija o respeito pela “santidade do casamento”. A plataforma anterior apelava especificamente à reversão da decisão do Supremo Tribunal que concedia o reconhecimento nacional ao casamento entre casais do mesmo sexo.
Imigração
As opiniões linha-dura de Trump sobre a imigração são proeminentes na plataforma deste ano, incluindo planos para retirar fundos às cidades-santuário e regressar às políticas de imigração que implementou durante o seu primeiro mandato. Inclui também uma proposta de deportação em massa, algo não mencionado na plataforma anterior.
Outra nova linguagem sobre imigração inclui uma proposta para proibir “comunistas, marxistas e socialistas” de entrar nos Estados Unidos. Também digno de nota é que o muro fronteiriço de Trump, que obteve espaço significativo na versão anterior da plataforma do partido, só recebe uma breve menção em 2024.
Economia
No topo da plataforma está o objetivo de reduzir a inflação, que surge num momento em que a economia é uma questão de importância crescente para os eleitores. No entanto, as promessas de redução da inflação, bem como de redução dos custos com educação e saúde, não incluem quaisquer detalhes sobre quais as políticas ou poderes que poderiam ser usados para atingir estes objectivos.
No que diz respeito à economia, a plataforma 2024 promete prolongar mais cortes de impostos e promulgar tarifas, o que os especialistas dizem que aumentaria a inflação em vez de a reduzir. Entre os planos de redução de impostos, a plataforma não faz qualquer menção à crescente dívida nacional, enquanto as anteriores plataformas republicanas incluíram tradicionalmente planos para reduzir o défice nacional e equilibrar o orçamento da nação.
Educação
Há também acréscimos notáveis à educação. Numa área, a plataforma faz eco de versões anteriores com apelos para aumentar a escolha de escolas, diminuir os gastos federais com educação e pressionar para permitir a oração nas escolas.
Em termos de nova política, acrescenta apelos para eliminar a teoria racial crítica e a “doutrinação de género” nas escolas e impedir que mulheres transexuais participem em desportos femininos. Ambas as questões foram perseguidas agressivamente em alguns estados conservadores que tentaram restringir o que os professores podem ensinar nas escolas.
Política estrangeira
Na política externa, a plataforma 2024 também é singularmente breve. Há referência a alianças, mas não há detalhes específicos sobre aliados tradicionais, como Israel, ou regiões de interesse, como o Mar da China Meridional, ambos recebendo espaço significativo na versão anterior. Também remove referências à defesa da democracia no estrangeiro, historicamente um objectivo explicitamente declarado nas plataformas de política externa.
A breve menção surge num momento de crescente tensão global, já que Trump sugeriu especificamente a redução do apoio à Ucrânia e a retirada da NATO, embora a plataforma anterior incluísse o apoio à luta da Ucrânia contra a invasão russa e o apoio à aliança de longa data da NATO.
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