Se você acompanha as notícias sobre caças ou simplesmente assistiu “Top Gun”, talvez esteja familiarizado com os capacetes robustos e de alta tecnologia que os pilotos usam. O F-35 Lightning II da Lockheed Martin, o avião de combate militar mais caro já produzido, é um dos que utilizavam esse tipo de dispositivo.
Não mais. Para atender às novas demandas tecnológicas da aeronave, um novo capacete de 360 graus faz o avião “desaparecer” de frente para um campo de visão desobstruído, possui realidade aumentada (AR), design customizado e pode até ver o solo. A intenção é que piloto e aeronave se tornem “um”, com o ser humano integrado ao sistema do avião.
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O capacete foi desenvolvido para a aeronave de combate F-35 Lightning II
O F-35 Lightning II da Lockheed Martin custa US$ 109 milhões (cerca de R$ 594 milhões) e é o modelo mais caro do tipo já produzido. Os custos operacionais anuais giram em torno de US$ 6,6 milhões (cerca de R$ 36 milhões).
Não por acaso, é considerada a aeronave de combate mais avançada do planeta, com tecnologia que evita detecção, sensores em todos os cantos, capacidade de interferência de radar e atinge velocidades superiores a Mach 1,6 (para se ter uma ideia). , a velocidade do som é Mach 1).
Existem três variantes do F-35 e uma delas é o VTOL, sigla que se refere a modelos capazes de decolagem e pouso vertical (categoria que abrange carros voadores).
Portanto, o capacete tradicional precisou ser atualizado. A intenção era ter um modelo que não incluísse o avião de combate na frente, para proporcionar um campo de visão mais claro.
Mais de uma década de desenvolvimento depois, a Collins Aerospace chegou a este modelo com o Genesis III ou HMDS Gen 3.
Novo capacete transformará piloto em parte da aeronave
Vejamos algumas das especificações do novo modelo:
- O HMDS Gen 3 serve como display principal do piloto, mas também como sistema de controle de armas da aeronave. Afinal, a intenção é que o humano se torne “parte” da tecnologia das aeronaves de combate;
- O F-35 possui seis câmeras posicionadas na parte externa apontando em todas as direções, refletidas na viseira do capacete. Isso dá ao piloto uma visão de 360 graus sem que o avião obstrua a visão. Ou seja, se ele olhar para baixo, não verá as pernas nem o chão da aeronave, mas sim o chão;
- Ainda é possível coletar dados, utilizar AR, rastrear aeronaves amigas e inimigas, utilizar o sistema de mira e ter visão noturna;
- O capacete ejeta o piloto do avião a 1.018 km/h se necessário;
- O modelo é mais pesado que os tradicionais, com 2,3 quilos (um tradicional de última geração pesa cerca de 1,5 kg).
Neste vídeo, a partir das 9h09, você confere uma demonstração do HMDS Gen 3, na prática, em uma aeronave de combate:
Assim como um avião de combate, os capacetes não são baratos.
Para igualar o F-35, o Genesis III não sai barato: custa US$ 400 mil por unidade, cerca de R$ 2,2 milhões.
De acordo com Novo Atlas, o capacete vem com customizações que justificam o valor. É feito de fibra de carbono por fora e espuma por dentro. Todo o design é feito sob medida para o piloto, baseado em um modelo 3D da cabeça.
A distância da pupila até a viseira também é customizada para garantir o foco no combate e há revisões de segurança a cada 120 dias.
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