Milhares de médicos se reuniram na cidade de Chicago, nos Estados Unidos, para a Conferência Anual 2024 da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco), considerada o principal congresso científico sobre câncer do mundo. Durante o evento, foram apresentadas diversas novidades e tratamentos que aumentam a sobrevida dos pacientes.
Medicamento pode reduzir progressão do câncer de pulmão
Uma das novidades diz respeito ao diagnóstico do tipo mais comum de câncer de pulmão. Os pesquisadores avaliaram se o medicamento osimertinibe, da farmacêutica AstraZeneca, poderia prolongar a vida dos pacientes.
Os resultados foram considerados positivos: no grupo que recebeu a medicação, o tempo de sobrevida livre de progressão da doença foi de 39,1 meses, mais de três anos. Para quem tomou placebo, essa taxa foi de 5,6 meses.
Algumas dúvidas ainda precisam ser sanadas. Por exemplo, os médicos ainda não sabem se é melhor usar este medicamento imediatamente após a quimioterapia e radioterapia inicial ou à medida que a doença progride.
O câncer de pulmão também foi analisado por outro grupo de especialistas norte-americanos. A ideia era avaliar se as teleconsultas de cuidados paliativos para pacientes com esse tumor em estágio avançado poderiam funcionar tão bem quanto as reuniões presenciais com profissionais de saúde.
Os resultados mostraram que as teleconsultas não são piores que as avaliações presenciais e, em alguns aspectos, são até superiores. Concluíram que ter este programa de cuidados remotos poderia ser particularmente bem-vindo para aqueles que têm dificuldade em viajar para uma clínica ou hospital.
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Nova combinação terapêutica para combater tumores penianos
- Os médicos reunidos no congresso científico também discutiram o câncer de pênis.
- A doença costuma ser diagnosticada muito tarde e a falta de higiene é uma das principais causas.
- Em vários casos, o tratamento envolve cirurgias mutilantes e sessões de quimioterapia, que não prolongam significativamente a vida do indivíduo.
- Além disso, a doença geralmente retorna após algum tempo.
- Mas um estudo liderado por um oncologista brasileiro testou com sucesso uma nova combinação terapêutica, que consistia em aplicações de quimioterapia e imunoterapia.
- Os pesquisadores recrutaram 33 homens com o tumor, que foram acompanhados por meio de exames de imagem a cada um mês e meio.
- Os dados apresentados na Asco 2024 revelam que 75% dos pacientes tiveram algum grau de redução tumoral.
- 39,4% deles apresentaram queda considerada significativa.
- Segundo especialistas, a descoberta abre novas perspectivas e permite mudar a prática médica nos casos de câncer de pênis.
- As informações são de G1.
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