Além do famoso Sagitário A*, o gigantesco buraco negro central da galáxia, a Via Láctea tem mais de 100 mil outros. Alguns deles são os chamados buracos negros estelares, formados pelo colapso gravitacional de uma estrela massiva no final de sua vida.
Recentemente, o Olhar digital relataram a descoberta do buraco negro estelar mais massivo da nossa galáxia, Gaia-H3 (que tem 33 vezes a massa do Sol), localizado a apenas dois mil anos-luz de distância da Terra.
Agora, um novo estudopublicado nesta quarta-feira (10) na revista Naturezarevelou que o Telescópio Espacial Hubble identificou um ainda maior, que parece ter uma massa de cerca de 8.200 sóis e está a 18.000 anos-luz de distância.
Segundo os autores do estudo, este colossal “titã cósmico” é um exemplo de “buraco negro de massa intermediária”, um tipo raro que fica entre os buracos negros de massa estelar (variando de 5 a 100 massas solares) e os supermassivos (que têm milhões ou bilhões de vezes a massa do Sol).
Um buraco negro “congelado no tempo”
Este buraco negro, que habita o aglomerado globular Omega Centauri (NGC 5139), localizado na constelação de Centaurus, parece ter parado o seu crescimento. Isto apoia a teoria de que o aglomerado é o núcleo de uma antiga galáxia que foi absorvida pela Via Láctea.
Se esta fusão galáctica não tivesse ocorrido, o buraco negro intermédio poderia ter-se tornado num buraco supermassivo, semelhante ao Sgr A*, que tem 4,3 milhões de vezes a massa do Sol.
Os cientistas sabem que buracos negros de massa estelar se formam pelo colapso de estrelas com pelo menos oito vezes a massa do Sol. Contudo, os buracos negros supermassivos devem ter uma origem diferente, já que nenhuma estrela é grande o suficiente para entrar em colapso e deixar um remanescente tão massivo.
Acredita-se que os buracos negros supermassivos se formam através da fusão de buracos negros menores. Esse processo foi comprovado pela detecção de ondas gravitacionais, ondulações no espaço-tempo causadas pela fusão de buracos negros.
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Mais de 500 imagens do Hubble ajudaram na descoberta
Buracos negros de massa intermediária, como o de Omega Centauri, são difíceis de detectar porque não estão rodeados por muita matéria, o que normalmente os tornaria visíveis. Para encontrá-los, os astrônomos observam os efeitos gravitacionais que exercem nas estrelas próximas. A equipe que descobriu este buraco negro usou mais de 500 imagens do Hubble para rastrear os movimentos de cerca de 1,4 milhão de estrelas.
Em 2019, a astrofísica Nadine Neumayer, do Instituto Max Planck de Astronomia (MPIA), da Alemanha, e o neurocientista Anil Seth, da Universidade de Utah, nos EUA, iniciaram um projeto para estudar Omega Centauri.
Eles procuraram estrelas em movimento rápido, indicando a presença de um buraco negro massivo. Liderada pelo estudante de doutoramento em astronomia, Maximilian Häberle, do MPIA, a equipa encontrou sete dessas estrelas, todas movendo-se rapidamente numa pequena região do aglomerado estelar. Não encontrando objetos estelares visíveis, a equipe concluiu que a região abrigava um buraco negro.
Este é o buraco negro de massa intermédia mais próximo alguma vez encontrado e poderá fornecer pistas valiosas sobre como os buracos negros supermassivos se formam e evoluem.
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