Um artigo recente, publicado no servidor de pré-impressão Pré-impressões OSF, que mistura ciência e ficção científica, propõe a ideia de que a vida poderia surgir dentro das estrelas. Embora esta teoria seja altamente especulativa, ela oferece uma forma interessante de pensar sobre a vida e a habitabilidade do Universo.
Segundo os investigadores, “se aceitarmos que a vida é meramente auto-replicante com mutações que levam a uma complexidade crescente através da selecção natural, qualquer sistema capaz destes processos pode ser visto como uma forma de vida”. Eles sugerem três condições mínimas para a vida:
- A capacidade de codificar informações.
- A capacidade dos portadores de informação se auto-replicarem mais rapidamente do que se desintegrarem.
- A presença de energia livre suficiente para criar ordem a partir da desordem, reduzindo a entropia através da autorreplicação.
Com esta definição, a equipa propõe que a vida possa surgir dentro de estrelas da sequência principal, como o Sol. Nos organismos terrestres, a informação é codificada no DNA. Nas estrelas, eles sugerem que ele poderia passar por “cordas supercondutoras”, que transportam correntes elétricas e geram campos magnéticos, ficando “congeladas” no plasma estelar.
Cordas de “vida supercondutora” para o interior das estrelas
As cordas cósmicas, sugeridas pela primeira vez na década de 1970 pelo físico teórico Tom WB Kibble, são unidimensionais e incrivelmente estreitas. Embora nunca tenhamos detectado tais cordas, elas podem estar presentes no Universo. Se um fio fosse capturado por uma estrela, ou se estivesse dentro dela durante a sua formação, poderia iniciar processos semelhantes aos da vida.
Monopólos magnéticos, partículas hipotéticas com uma única carga magnética, poderiam formar-se ao longo destas cordas, semelhante à estrutura do ADN. Estes “colares” monopolos poderiam criar configurações suficientemente complexas para transportar e transmitir informações, auto-replicando-se e evoluindo ao longo da vida de uma estrela.
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A equipe sugere que o sistema estelar binário EPIC 249706694 (HD 139139), conhecido como “transitor aleatório”, poderia ser um candidato a abrigar esta “vida nuclear”. As observações mostraram quedas na luz do sistema, indicando possíveis trânsitos planetários em intervalos aleatórios. No entanto, essas anomalias ainda não foram totalmente explicadas.
“Atribuir a anomalia na luminosidade de uma estrela à vida nuclear seria um tiro no escuro”, explicam os investigadores. “Queríamos apenas enfatizar que essas anomalias inexplicáveis existem. Talvez a resposta à pergunta de Fermi: ‘Onde estão todos?’ podem ser encontrados nos lugares menos esperados.”
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