Mapa babilônico do mundo tem monstros e mistérios

julho 3, 2024
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Mapa babilônico do mundo tem monstros e mistérios


O Imago Mundi, também conhecido como “Mapa Babilônico do Mundo”, oferece uma visão única da perspectiva dos antigos babilônios sobre si mesmos e sobre o mundo ao seu redor. Aliás, um mundo cheio de mistérios e monstros.

No mapa mais antigo do mundo, a Babilônia é o centro de tudo

  • O Imago Mundi, também conhecido como “Mapa Babilônico do Mundo”, é considerado o mapa do mundo mais antigo já encontrado. E o artefato oferece uma perspectiva única dos antigos babilônios sobre o mundo, cheio de mistérios e monstros;
  • A tabuinha, que mede 12,2 por 8,2 centímetros, apresenta um mapa circular e textos cuneiformes. Apesar de fragmentada, as pesquisas ao longo das décadas permitiram reconstruir grande parte do seu conteúdo, que traz representações da Mesopotâmia e do rio Eufrates, por exemplo;
  • O mapa inclui territórios fantásticos e reais, como Assíria, Der e Urartu, cercados pelo que é traduzido como “Água Amarga” ou “Rio Amargo” (oceano, provavelmente). A parte superior é descrita como um local “onde o Sol não é visto”. E o mapa apresenta diversos monstros e criaturas míticas;
  • Descoberto pelo arqueólogo Hormuzd Rassam em 1881 durante uma escavação em Sippar, no Iraque, o mapa está atualmente em posse do Museu Britânico em Londres. A localização exata da descoberta do mapa ainda é debatida, o que contribui para a aura misteriosa do artefato.

O mapa da Babilônia é considerado o mapa do mundo mais antigo já encontrado – para se ter uma ideia, ele foi feito provavelmente entre 2.600 e 2.900 anos atrás, durante o Império Neobabilônico, quando a Babilônia liderava na arquitetura, ciência, cultura e matemática.

A redescoberta do objeto no século XIX é quase tão misteriosa quanto o próprio objeto.

Mapa babilônico do mundo vai para ‘onde o Sol não é visto’

Tábua babilônica tem mapa circular ao lado de textos escritos em cuneiforme (Imagem: Reprodução/Enciclopédia Britânica)

A tabuinha rachada mede 12,2 por 8,2 centímetros e possui um mapa circular ao lado de textos escritos em cuneiforme. Devido ao seu estado fragmentado, algumas informações estão faltando no artefato. Mas décadas de investigação reconstruíram grande parte do seu conteúdo.

O mapa retrata Mesopotâmiauma região histórica no Médio Oriente frequentemente chamada de “berço da civilização” porque acolheu várias civilizações e culturas proeminentes ao longo da história antiga – por exemplo: Babilónios e Assírios.

Ilustra??o do mapa da Babil?nia
(Imagem: Reprodução/Museu Britânico)

A maioria dos pesquisadores acredita que a Babilônia está representada em uma faixa retangular próxima ao topo do interior do mapa (veja a ilustração acima). Linhas paralelas cortam esta faixa de cima para baixo, aparentemente representando o rio Eufrates. Esse rio nasce nas montanhas ao norte, passa pela Babilônia e deságua em uma área pantanosa ao sul.

O topo do mapa está marcado como um lugar “onde o Sol não é visto”. O artefato também mostra a localização de outras cidades e reinos, como Assíria, Der e Urartu, segundo artigo publicado em 1988.

Todos esses assentamentos são cercados por uma parte circular quase perfeita denominada “Água Amarga” ou “Rio Amargo”, geralmente traduzido como oceano.

Monstros fantásticos e onde vivem (no mapa mundial da Babilônia)

Ilustração medieval de monstro marinho gigante cercado por barcos no oceano
O texto que acompanha o mapa-múndi da Babilônia menciona monstros e criaturas fantásticas (Imagem: Wikimedia Commons)

Parte do texto faz alusão a diversos monstros e criaturas fantásticas que habitam diferentes regiões. Entre eles estão: cavalo alado, grande serpente marinha, homem escorpião e homem touro. Há também menções a animais normais, por exemplo: gazelas, panteras, veados, macacos e lobos.

Personagens humanos também habitam o mapa. O texto faz referência a diversas pessoas, por exemplo: Utnapishtim, herói lendário que sobreviveu ao dilúvio da Babilônia; e Sargão, o primeiro governante do Império Acadiano.

A pessoa que encontrou o artefato foi o arqueólogo Hormuzd Rassam, segundo o Enciclopédia Britânica. O mapa-múndi da Babilônia foi encontrado em uma caixa durante uma escavação de 1881 por Rassam em Sippar, atual Iraque, cerca de 40 quilômetros a sudoeste da atual Bagdá.

No entanto, alguns acreditam que o mapa foi originalmente descoberto em Borsippa, outra cidade antiga localizada a cerca de 115 quilómetros a sul de Bagdad. Seja como for, o mapa da Babilônia está em posse do Museu Britânico, em Londres, atualmente. E permanece envolto em mistério.





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