Em 20 de junho, conforme relatado por Olhar digital, o chamado solstício de inverno ocorreu no Hemisfério Sul, marcando o início da estação mais fria do ano nesta parte do globo. No entanto, o clima permaneceu relativamente ameno – até agora. Com a chegada de julho, a previsão é de que as temperaturas despenquem no Brasil.
De acordo com a plataforma meteorológica MetSul, prevê-se a chegada de uma frente fria após um período de temperaturas “muito acima da média” registado no mês passado. Embora algumas áreas do país devam ter aumento nas chuvas, o inverno tende a ser mais seco em grande parte do Centro-Oeste e Sudeste, bem como no sul da Região Norte, no interior do Nordeste e no oeste do Sul. Região.
Apesar de normalmente ser uma fase com menores acúmulos de chuvas, a seca começou mais cedo e com maior intensidade em determinadas regiões, como o Pantanal e partes da Amazônia. Essas localidades já apresentam níveis baixos em seus principais rios e aumento de incêndios, superando o esperado para esta época do ano.
Com o fim do extenso período do El Niño, as altas temperaturas registradas no ano passado deverão começar a cair. Durante 12 meses consecutivos, o fenômeno resultou em temperaturas globais recordes. Contudo, a transição para La Niña ainda manterá condições térmicas acima das médias históricas.
As previsões indicam que as chuvas ficarão acima da média na região Norte e em áreas específicas do Leste do Nordeste, Sudeste e Sul. Por outro lado, no Centro-Oeste e Sudeste, sul da Região Norte, interior do Nordeste e oeste da Região Sul, as precipitações deverão ficar próximas ou abaixo da média climatológica, conforme informado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
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Previsão do tempo para julho em todo o Brasil
Centro-Oeste e Sudeste
Segundo o Inmet, as primeiras semanas do mês nas regiões Sudeste e Centro-Oeste serão marcadas por clima quente e seco. Em São Paulo, uma frente fria pode avançar, trazendo chuvas, principalmente na região litorânea. No sul de Mato Grosso do Sul, a previsão é de chuva fraca. No Norte de Goiás, as temperaturas devem variar entre 20°C e 22°C, permanecendo dentro ou um pouco abaixo da média.
A diminuição das chuvas em grande parte do Brasil nesse período é causada pela presença contínua de massas de ar seco. Isso reduz a umidade do ar, o que aumenta a ocorrência de queimadas e incêndios florestais, além de aumentar o risco de doenças respiratórias.
Nas áreas altas do Sudeste são esperadas geadas devido às massas de ar frio comuns nesta época do ano.
Sul
Neste mês, a região Sul continua enfrentando um cenário de chuvas intensas, especialmente no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e centro-sul do Paraná, acompanhadas de ventos fortes e possibilidade de granizo.
Haverá um aumento significativo na quantidade de precipitação para esta época do ano, com anomalias de humidade positivas. A região da Serra Gaúcha, por exemplo, poderá registrar até 60 milímetros acima da média histórica de chuvas.
Nordeste
No Nordeste, espera-se uma diminuição das chuvas em grande parte da região, o que é típico desta época do ano. As temperaturas devem ser amenas, um pouco abaixo da média, entre 20°C e 22°C. No mês de junho, a região passou por períodos de instabilidade e tempestades por influência das massas de umidade que atingiram o litoral.
Norte
Na região Norte, as próximas semanas serão marcadas por chuvas acima da média, devido ao calor e à alta umidade. Áreas do noroeste do Amazonas e do Pará, além dos estados de Roraima e Amapá, serão afetadas por pancadas de chuva. Desde junho, essas áreas estão sob influência da Zona de Convergência Intertropical, que intensifica as chuvas nas regiões equatoriais.
No Sul das regiões Norte e Centro-Oeste a previsão é de pouca chuva e altas temperaturas, que podem ultrapassar os 26ºC em média.
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