Usamos tanta IA que Europa quer colocar data centers no espaço

junho 28, 2024
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Usamos tanta IA que Europa quer colocar data centers no espaço


Cada vez mais data centers são necessários para acompanhar o crescimento da inteligência artificial (IA). Como resultado, a demanda por energia também aumenta. Isso fez com que a União Europeia (UE) estudasse alternativas. Uma delas é colocar data centers no espaço, onde teriam “energia infinita”.

Os data centers de IA devoram energia na Terra – então podem acabar no espaço

  • A crescente procura de centros de dados para apoiar o crescimento da inteligência artificial (IA) aumentou significativamente a procura de energia. Isto levou a União Europeia (UE) a considerar alternativas – uma delas é colocar data centers no espaço, onde teriam “energia infinita”;
  • A Agência Internacional de Energia prevê que até 2026, os data centers globais consumirão tanta energia quanto o Japão (1.000 terawatts-hora). O estudo ASCEND, coordenado pela Thales Alenia Space, considera o lançamento de data centers na órbita da Terra como uma solução viável do ponto de vista técnico, económico e ambiental;
  • Os data centers no espaço poderiam se beneficiar de energia solar ilimitada. Os data centers de IA requerem aproximadamente três vezes mais energia do que os centros tradicionais, tornando a energia uma preocupação crucial, de acordo com Merima Dzanic, da Associação Dinamarquesa da Indústria de Data Centers;
  • O projeto ASCEND propõe lançar 13 “blocos de construção” de data centers espaciais com capacidade total de 10 megawatts até 2036, para comercializar serviços em nuvem. A meta é implantar 1.300 blocos até 2050 para atingir 1 gigawatt, que orbitaria a 1.400 quilômetros da Terra.

Parece exagerado? Para se ter uma ideia, a Agência Internacional de Energia estima que os data centers em todo o mundo consumirão coletivamente tanta energia quanto o Japão (1.000 terawatts-hora) até 2026.

Lançar centros de dados na órbita da Terra seria técnica, económica e ambientalmente viável, de acordo com um estudo Advanced Space Cloud for European Net zero emission and Data soberania (SUBIR), coordenado pela Thales Alenia Space em nome da Comissão Europeia. A empresa divulgou resultados do estudo em seu site.

No espaço, data centers teriam ‘energia infinita’ graças ao Sol

Ilustração da ideia da Europa de data center no espaço
No espaço, data centers teriam “energia infinita” graças ao Sol (Imagem: Pedro Spadoni via DALL-E/Olhar Digital)

Os data centers são essenciais para acompanhar a digitalização, mas requerem quantidades significativas de energia e água para alimentar e resfriar seus servidores.

“Os data centers de IA precisam de cerca de três vezes mais energia do que um data center tradicional, e isso é um problema não apenas do lado da energia, mas também do lado do consumo”, disse Merima Dzanic, chefe de estratégia e operações da Danish Data Center Industry. Associação, em CNBC.

Também em entrevista à CNBC, Damien Dumestier, gerente de projetos da ASCEND, falou sobre uma alternativa para lidar com esse cenário: “A ideia é retirar parte da demanda energética dos data centers e enviá-los ao espaço para se beneficiarem da energia infinita, que É energia solar.”

Consulte Mais informação:

Os data centers no espaço são uma ideia viável, mas como funcionariam?

Ilustração de grande data center
Data centers de IA precisam de três vezes mais energia que um data center tradicional (Imagem: Pedro Spadoni via DALL-E/Olhar Digital)

As instalações que o estudo explorou lançando ao espaço orbitariam a uma altitude de cerca de 1.400 quilômetros – aproximadamente três vezes a altitude da Estação Espacial Internacional (ISS).

Dumestier explicou que a ASCEND implantaria 13 “blocos de construção” de data centers espaciais com capacidade total de 10 megawatts até 2036, para iniciar a comercialização de serviços em nuvem.

Cada bloco, com área de 6.300 metros quadrados, teria capacidade para atendimento de data center próprio. E seria lançado em um único veículo espacial, explicou o gerente do projeto.

Para ter um impacto significativo no consumo de energia do setor digital, o objetivo é implementar 1.300 “blocos de construção” até 2050 para atingir 1 gigawatt, segundo Dumestier.





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