uma das áreas mais sem vida do nosso planeta

junho 24, 2024
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uma das áreas mais sem vida do nosso planeta


Você já deve ter visto, inclusive aqui no Olhar digital, diversas imagens feitas de superfícies de outros planetas ou luas que se assemelham à foto apresentada. Porém, esse registro obtido do espaço mostra um pedaço da própria Terra – e um lugar bastante conhecido: o Deserto do Saara.

Mais precisamente, a Bacia de Tanezrouft, uma área hiperárida localizada no sul da Argélia e no norte do Mali. Esta vasta extensão de deserto é um dos ambientes mais inóspitos do planeta.

Recebendo menos de 5 milímetros de chuva por ano, a região atinge temperaturas que podem ultrapassar os 50ºC durante o verão, segundo o Observatório da Terra da NASA.

A Bacia de Tanezrouft, no Deserto do Saara, é um dos lugares mais inóspitos do planeta. Crédito: NASA Earth Observatory por Jesse Allen, usando dados Landsat do US Geological Survey.

Terra do Terror

Viver na Bacia de Tanezrouft é quase inimaginável. A vida ali é praticamente inexistente, exceto para alguns nômades tuaregues que ocasionalmente atravessam esta desolação em caravanas, seguindo rotas ancestrais que datam de mais de 1.500 anos. Uma viagem extremamente perigosa, pela falta de pontos de referência, que pode levar até os viajantes mais experientes a se perderem. Não é à toa que o local é conhecido como “Terra do Terror”.

A Bacia de Tanezrouft também foi fotografada pela missão Copernicus Sentinel-2 da Agência Espacial Europeia (ESA). Crédito: Dados modificados do Copernicus Sentinel (2020), processados ​​pela ESA

O que torna a Bacia de Tanezrouft ainda mais fascinante são as suas características geológicas reveladas após milhares de anos de tempestades de areia. Estas tempestades removeram sedimentos e areia, expondo antigas dobras concêntricas na rocha de arenito que datam da era Paleozóica (541 a 252 milhões de anos atrás).

Essas formações geológicas, pontilhadas por salinas esverdeadas localizadas em desfiladeiros íngremes, criam um espetáculo visual impressionante visto da órbita da Terra. Como a NASA descreve, “as características geológicas expostas criam uma impressionante obra de arte abstrata”.

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Um passado vivo

Apesar da sua aparência agreste, a paisagem da Bacia de Tanezrouft tem um passado mais acolhedor. Algumas das salinas visíveis na imagem em cores reais, tirada em 2017, estão em desfiladeiros de até 490 metros de profundidade. A forma e a escala destas ravinas sugerem que foram escavadas por água corrente, possivelmente devido a inundações periódicas ao longo de milhões de anos.

Isto significa que a região, atualmente tão hostil, pode ter sido, em tempos antigos, um ambiente muito mais hospitaleiro, capaz de sustentar uma rica biodiversidade.

Hoje, as salinas e seus cânions se entrelaçam com as dobras de arenito expostas, criando as formas abstratas capturadas na imagem. Segundo Casa P. KyleSegundo um investigador do Serviço Geológico dos EUA, estes padrões assemelham-se a paisagens formadas em estratos dobrados em regiões como o Deserto Vermelho do Wyoming e até mesmo partes das densas florestas das Montanhas Apalaches, no leste dos EUA.

Com a sua combinação única de beleza e desolação, a Bacia de Tanezrouft continua a ser um enigma fascinante no coração do Saara.





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