Anvisa proíbe peeling de fenol; conheça o procedimento estético

junho 25, 2024
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Anvisa proíbe peeling de fenol; conheça o procedimento estético


Foi publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira (25) uma resolução que proíbe a comercialização de produtos à base de fenol e sua utilização em procedimentos gerais de saúde ou estéticos no Brasil. A decisão foi tomada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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Entenda os riscos do peeling de fenol (imagem: Shutterstock)

Morte de empresário após procedimento ser investigado

  • Segundo a Anvisa, a proibição, que já está em vigor, permanecerá em vigor enquanto forem realizadas investigações sobre os potenciais danos associados ao uso da substância química, “que tem sido utilizada em diversos procedimentos invasivos”.
  • A entidade afirma que a decisão visa “garantir a saúde e a integridade física da população brasileira, uma vez que, até o momento, não foram apresentados à Agência estudos que comprovem a eficácia e segurança do produto fenol para utilização em tais procedimentos”.
  • A medida foi adotada após a morte do empresário Henrique Silva Chagas, de 27 anos, no início deste mês, em São Paulo.
  • Ele foi submetido a um procedimento de peeling de fenol, realizado pela esteticista e influenciadora Natalia Fabiana de Freitas Antonio, conhecida como Natalia Becker nas redes sociais.
  • Natalia, que diz ter feito curso online para aplicação das substâncias, foi indiciada por homicídio doloso com possível dolo, e a Vigilância Sanitária de São Paulo fechou e multou o Studio Natalia Becker por falta de autorização.

O que é peeling de fenol?

O procedimento é uma técnica que utiliza uma substância ácida, o fenol, para induzir queimação e descamação da pele e, consequentemente, renovação celular. É considerado um procedimento invasivo, mas indicado para tratar casos de envelhecimento facial severo, caracterizado por rugas profundas e textura da pele consideravelmente comprometida, como acne grave.

A Anvisa proibiu não só a venda e utilização de produtos à base de fenol, mas também a importação, fabricação, manipulação e publicidade dos itens. O Conselho Federal de Medicina (CFM) também se posicionou sobre o assunto e afirmou que, por se tratar de um procedimento estético invasivo, o peeling de fenol só deve ser realizado por médicos especializados.

Além disso, defendeu que mesmo quando feito por médicos, precisa de “realizar-se num ambiente preparado com o cumprimento das normas de saúde e com uma estrutura para intervenção imediata de suporte de vida, em caso de complicações”, como um ambiente hospitalar.

O Conselho pediu às autoridades de Vigilância Sanitária que reforcem a fiscalização dos estabelecimentos e profissionais que prestam este tipo de serviço “sem cumprir os critérios definidos pela lei e pelos órgãos de controlo”.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), por sua vez, afirmou que o peeling de fenol “requer extrema cautela, considerando seu caráter invasivo e agressivo”. Porém, ressaltou que pode ser recomendado e, quando realizado com cuidado e por profissional idôneo, “os resultados obtidos são incomparáveis ​​a outros métodos esfoliativos, proporcionando renovação intensa da pele, estimulando a produção de colágeno e reduzindo significativamente rugas e manchas”.

Entre os riscos, ela mencionou que é possível “ocorrer complicações, como dores intensas, cicatrizes, alterações na cor da pele, infecções e até problemas cardíacos imprevisíveis, independente da concentração, forma de aplicação e profundidade alcançada na pele”. . As informações são de O Globo.





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