Se o mercado de carros elétricos no mundo parece ter desacelerado, no Brasil a tendência é inversa. Os revendedores nunca venderam tantos veículos eletrificados e híbridos como no primeiro semestre deste ano.
Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), de janeiro a junho de 2024, foram vendidas 79.304 unidades desse tipo no país. Isso representa um aumento significativo de 146% em relação ao mesmo período do ano passado.
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Quem liderava os números eram os chamados veículos elétricos puros, ou BEVs, para Veículo Elétrico a Bateria. Eles representaram 39% dos registros.
Em seguida, vêm os híbridos plug-in, ou PHEVs, conhecidos como Veículos Elétricos Híbridos Plug-in. Eles representaram 29,5% das vendas. Os dois tipos respondem por quase 70% do total.
A previsão da ABVE também é bastante otimista para o final do ano. A associação projeta que 2024 termine com um novo recorde de vendas, ultrapassando as 150 mil unidades vendidas.
Alguns desafios
- Apesar dos excelentes números do setor em 2024, a ABVE manifestou preocupação com o recente aumento dos impostos de importação.
- Desde 1º de julho, os híbridos pagam impostos de 25%, os PHEVs 20% e os elétricos 18%.
- O governo federal justificou a medida como forma de estimular a indústria automobilística nacional.
- As montadoras sediadas no Brasil querem evitar uma invasão de VEs chineses, como aconteceu em outras partes do mundo.
- O mais preocupante, segundo a associação, é que esse imposto vá aumentando ao longo dos anos.
- O próximo reajuste tributário só será aplicado em julho de 2025, chegando a 30% para híbridos, 28% para híbridos plug-in e 25% para veículos elétricos.
- A etapa final será em julho de 2026, quando todos os modelos eletrificados terão uma alíquota de 35%, independentemente de serem híbridos ou elétricos.
- Sabendo desse movimento, empresas como BYD e GWM correram para importar o maior número possível de unidades antes do ajuste, criando estoque suficiente para segurar os preços por mais alguns meses.
- A BYD, por exemplo, trouxe 5.459 unidades em um único navio no final de maio.
- A tendência, porém, é que os preços subam no 2º semestre.
O imposto sobre o pecado
Outro retrocesso diz respeito às discussões na Câmara sobre a inclusão dos bondes no chamado Imposto Seletivo (IS) da reforma tributária. Sim, os VEs estariam sujeitos a outro imposto…
O IS, que ficou popularmente conhecido como “imposto do pecado”, será aplicado sobre produtos considerados nocivos à saúde e ao meio ambiente – a alíquota ainda não foi definida.
Os parlamentares afirmam que, apesar de não emitirem gases, os bondes poluem de outras formas, com os pneus e o descarte de baterias, por exemplo.
As montadoras, por sua vez, discordam e dizem que o argumento é superficial e sem sentido. Acrescentam que uma medida como esta retirará à classe média a possibilidade de adquirir um eléctrico, atrasando a renovação da frota nacional.
O tema ainda está sendo analisado por um grupo de trabalho na Câmara dos Deputados, ou seja, ainda tem um longo caminho a percorrer no Legislativo. Ficamos de olho nisso.
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